Olá, fiéis leitores do blog. Estou de férias e com ânimo pra postar aqui, ao contrário de outros. E é com todo esse ímpeto e disposição que vou recomendar uns filmes aleatórios pra você aproveitar as férias com muita diversão e prazer. Não tem divisão por gênero, não tem critério nem nada, por isso é aleatório.
Réquiem Para Um Sonho
Um filme sobre drogas e vícios. Mas o que esse filme dirigido por Darren Aronofsky tem de especial? Uma montagem espetacular, contando com muitos cortes e closes acompanhados por uma trilha sonora impecável, tudo junto com atuações espetaculares dos quatro atores principais: Jared Leto, Jennifer Connelly, Marlon Wayans e Ellen Burstyn (essa última rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz, é sensacional). Acompanhamos o desenvolvimento dos quatro até sua inevitável e trágica queda. Aposto que você já ouviu a música tema, Lux Aeterna.
Toy Story 3
O épico fim de uma trilogia sem pontos baixos, na minha humilde opinião. Isso é algo extremamente raro no cinema. A jornada de Woody e seus amigos brinquedos é uma épica epopeia. O longa transborda nostalgia, principalmente para aqueles que acompanharam essa animação revolucionária durante mais de uma década. O fim da infância e das brincadeiras com seus bonecos e carrinhos é algo triste, mas necessário, e isso é mostrado com perfeição. A cena dos brinquedos indo pro fogo de mãos dadas me deixa arrepiado. Mas eu não aguento na cena final, e aposto que muita gente também não. Foi um dos únicos filmes em que eu chorei, sério. Pra mim, a obra prima da Pixar.
Cães de Aluguel
Imagino a cara do público e dos críticos vendo pela primeira primeira vez o primeiro filme de Quentin Tarantino: "ué". Aqui o cara mostra a que veio, implantando o seu já conhecido estilo: narrativa não linear, diálogos afiados com referências à cultura pop (como uma discussão sobre a Like a Virgin), violência gráfica com trilha sonora impecável. O interessante é que o grande roubo que move a história inteira em nenhum momento é mostrado, somente seus antecedentes e suas consequências. E a cena da tortura do policial é fantástica.
Akira
Uma animação japonesa sensacional. A história se passa num futuro distópico em Neo Tokyo, uma versão de Tóquio pós-Terceira Guerra. Após uma briga da gangue de Kaneda com seus rivais, seu melhor amigo, Tetsuo, sofre um acidente envolvendo uma misteriosa criança de aparência envelhecida e é levado como uma cobaia pelo exército. Então, eles se envolvem em uma perigosa trama envolvendo experimentos com seres psíquicos e um poder chamado Akira, que causou a Terceira Guerra Mundial. Uma animação tecnicamente impecável, com ação de primeira e ficção científica. Um clássico.
Kick Ass
E se os super-heróis fantasiados existissem na vida real? Dave Lizeewski (Aaron Taylor Johnson) tentou ser um e teve sua bunda chutada. Um divertido filme dirigido por Matthew Vaugh, baseado em uma HQ de Mark Millar e John Romita Jr. Conta com a presença da violenta Hit Girl (Chloë Grace Moretz) e do seu violento pai Big Daddy (Nicolas Cage, em uma excelente atuação, sério!). O filme tem um clima meio tarantinesco, com violência e trilha sonora bem legal.
Nausicaä do Vale do Vento
Dirigido pelo mito da animação Hayao Miyazaki antes mesmo do nascimento do lendário Studio Ghibli, Nausicaä do Vale do Vento é um desenho épico. Ao lado de Princesa Mononoke, outra obra prima do estúdio, é uma das animações mais épicas da história.
Após uma guerra apocalíptica, a humanidade vive em vilarejos que lutam para sobreviver longe da Fukai, uma floresta tóxica habitada por insetos gigantes e mortais. Nesse cenário, existe uma princesa, Nausicaä, em um povoado alheio às guerras entre seus vizinhos. Após a queda de uma nave com um poder capaz de dizimar as criaturas gigantes, ela tenta impedir a guerra entre dois reinos e a destruição da floresta.
A parte técnica é linda, a história é épica. Nausicaä é uma personagem carismática e forte. Não há necessariamente vilões na história. O filme ainda contém um forte teor ecológico. Enfim, é uma beleza.
Mad Max: Estrada da Fúria
Um filme recente na lista! E, por sinal, o melhor de 2015 até agora pra mim, junto com Divertida Mente. A clássica franquia é revivida, desta vez com Tom Hardy como Max Rockatansky. Ele ajuda a Imperatriz Furiosa (Charlize Teron) a atravessar a Wasteland fugindo com as parteiras da Cidadela, dominada pelo cruel Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne, o cara que atuou no primeiro Mad Max em 1979).
O maravilhoso universo de Mad Max é muito bem explorado aqui, todo o clima pós-apocalíptico em um mundo desértico extremamente louco, tão louco que tem um guitarrista louco tocando num carro de som gigante muito louco. Todo o filme é um épico e frenético western de comboio, com cenas de ação espetaculares que ficam mais espetaculares quando você sabe que a maior parte daquilo foi feito na marra, sem efeitos especiais. E é nesse mínimo de história (ir de um lugar A para um lugar B, fugindo dos inimigos) que o roteiro se desenvolve muito bem. Os personagens são muito bem explorados, principalmente a Furiosa (o ótimo tom feminista tão comentado por aí).
Os carros e figurinos são de arrepiar, assim como a fotografia. Pra mim, uma música que combina bem com esse filme é Overkill, do Motorhead, um rockzão frenético que desacelera e volta de novo, até desacelerar novamente e voltar arrepiante até o fim. Mad Max: Estrada da Fúria é um rock de duas horas, tem até guitarrista.
O Exterminador do Futuro 2
"Yooouuu coouulld bee miiiinee..."
"TATATATATA. TATATATATA". Já deu pra ver que eu gosto bastante desse filme, né? James Cameron sabe como contar uma boa história (e ganhar bilhões com isso). Um Exterminador T-1000 é enviado do futuro pela Skynet pra matar o filho da Sarah Connor, John Connor, o futuro líder da Resistência. Dessa vez, o T-800 (o saudoso, mítico, épico Arnold Schwarzenegger) é enviado pra proteger o garoto.
O que dizer desse filme? Roteiro perfeito, ação frenética, efeitos especiais que não deixam a desejar até hoje. Eu poderia citar várias cenas: a perseguição entre caminhão e moto no canal, o encontro de John com os dois Exterminadores ("Get down"), a fuga de Sarah do hospital, a invasão à Cyberdine, "hasta la vista, baby", a despedida do T-800 no metal líquido (essa fiquei na iminência das lágrimas). Esse filme é sensacional, só assiste.
Divertida Mente
Um filme que ainda tá passando. Um dos melhores do ano. Oscar de melhor animação, com certeza. O longa penetra na mente de Riley, uma garota de 11 anos que se acabou de mudar de uma cidadezinha do interior para São Francisco. Dentro de sua cabeça, conhecemos suas emoções: Alegria, Tristeza, Medo, Nojinho e Raiva.
As emoções antropomorfizadas representam muito bem a fase psicológica pela qual a menina passa: confusa, decepcionada, à beira da adolescência. Todo o nosso cérebro é representado de uma maneira genial: o subconsciente, as memórias-base, ilhas de personalidade, memórias de longo prazo, fabricação de sonhos, pensamentos abstratos (essa parte é linda de se ver). Sério, como os caras da Pixar têm tanta ideia criativa assim?
A questão do amigo imaginário, caído no esquecimento, me tocou bastante. O filme diverte
Divertida Mente é um dos melhores da Pixar, talvez o melhor desde Toy Story 3, extremamente criativo, bem divertido e emocionante.
Obs: Pixar, Marvel e Lucasfilm. A Disney vai dominar o mundo, caramba.
O Abutre
Dirigido por Dan Gilroy, o filme conta a história de Louis Bloom (Jake Gyllenhaal), um cara muito estranho, sombrio e ambicioso que arranja um trampo jornalístico de registrar acidentes e tragédias e vender o material pra emissora de TV.
A história é fluída e chega a ser estranhamente cômica. O filme cria uma atmosfera meio pesada, contribuída pelo fato de ser gravado quase inteiramente à noite. E o telejornalismo é muito bem escancarado aqui, como o descompromisso com a verdade (a manipulação das cenas pelo protagonista e a escolha por notícias mais ''vendáveis" em bairros de brancos ricos) e a sede de sangue e violência.
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| O abutre vende a carniça. A gente compra e come. |
E essas foram as minhas recomendações de filmes para vocês assistirem. Aproveitem bem as férias, não vai durar pra sempre. Até.
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