MAUS: Uma história diferente do holocausto

O bom filho a casa torna. As sábias palavras de Gabriel Higa não foram em vão. Depois de postagens do Pedro e Higa, chegou a minha vez, afnal, devo fazer pelo menos uma coisa de utilidade pública nas férias, não é?
Como vocês, assíduos leitores, devem saber, o especialista em quadrinhos do fatídico Tatu do Impensável é o Higa. Eu, Novaes, li pouquíssimos quadrinhos na vida (gostaria de ler mais), maaaaaas nada me impede de me arriscar falando do tema.
Edição que junta a parte I e II (a que eu li)
O que me levou a fazer esse post foi nada mais que MAUS. MAUS humores? MAUS amigos? MAUS bocados? Não, só MAUS mesmo.
Maus: A Survivor's Tale é um romance produzido em quadrinhos por Art Spiegelman que narra o que seu pai (um judeu polonês)  passou durante o Holocausto, na segunda guerra mundial. Foi publicado em duas partes: a primeira em 1980 e a segunda só em 1991. Além das lembranças dos campos de batalha, os de concentração, dos massacres em massa e da perseguição de diversos grupos, a obra também retrata um relacionamento complicado entre pai e filho, já que o autor, em boa parte do livro, desenha ele mesmo tentando resgatar as memórias do pai. Os efeitos causados pela guerra nas pessoas e principalmente na sua família também são retratados.
A obra é sobre um tema extremamente já abordado por livros, filmes, etc, porém, ela consegue se destacar por dois pontos. O primeiro é por ser em quadrinhos. Já o segundo é por não se tratar somente das memórias do Holocausto, sendo também uma obra sobre relações humanas e como a guerra as afeta. Esses dois aspectos fazem com que a obra seja única, mas que dificilmente vai desagradar alguém. Além disso, os diferentes grupos do livro são retratados como animais: judeus são ratos, alemães são gatos, poloneses são porcos, estadunidenses são cachorros e há outros que aparecem em pontas na história. Cada um dos animais tem uma explicação, pensada por Art, o que torna a obra mais interessante ainda.
Art Spiegelman mostrando toda sua malemolência

Maus rendeu a Spiegelman o Prêmio Pulitzer (um prêmio norte-americano importante dado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo,literatura e composição musical). Tem umas 300 páginas, mas é uma daquelas histórias que te prendem e você não consegue fazer outra coisa até acabar (olha que isso é difícil de acontecer comigo).


Fica aqui minha recomendação para todos, inclusive para o Higa, que apesar de ser o lorde dos quadrinhos, disse não ter lido esse ainda. Espero voltar a postar em breve. Até mais.
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