Fiquei um pouco instigado com a fala deles, mas acabei não intervindo na hora. Então o jeito é comentar aqui no blog sobre o assunto.
Hoje, com a inspiração na fala destes dois garotos, falarei sobre uma banda brasileira que conheci recentemente e já a considero quase um marco no cenário do rock nacional atual: VESPAS MANDARINAS.
Sobre a história da banda, ela foi formada em 2009 aqui em São Paulo. Desde o início, a banda já era composta por alguns que já haviam tido contato com a música em outras bandas relativamente famosas. Era composta pelo guitarrista/voz Chuck Hipolitho (ex-Forgotten Boys e ex-apresentador da MTV), o também guitarrista/voz Thadeu Meneghini (ex-Banzé!), o baterista Mike Vontobel (Bidê ou Balde) e no baixo Mauro Motoki (Ludov).
Contudo, em 2010, após o lançamento do primeiro EP da banda, Mike e Mauro saíram, dando lugar a André Dea na bateira (já participante da banda Sugar Kane) e Flavio Guarniei no baixo.
Todos estes já tiveram passagem por outras produções que também valem a pena de serem pesquisadas.
Como já dito antes, o primeiro EP foi lançado em 2010 e foi intitulado de “Da Doo Ron Ron”. Este primeiro passo foi bastante criticado, devido à falta de "tempero" na banda. Porém, é até aceitável, já que os integrantes ainda estavam definindo o "jeito" da banda e também ainda estavam conhecendo o estilo um do outro nos instrumentos.

Passaram-se então 2 anos. 2 anos de shows muito bons, principalmente em São Paulo, e parcerias com bandas também emergentes no cenário do rock nacional como Black Drawing Chalks e Vivendo do Ócio. Então, em 2013, a banda fecha com a gravadora Deck para lançar o seu primeiro álbum inteiro.
Em 2013, foi lançado o CD "Animal Nacional", e foi aí que que o barato ficou louco. O álbum, com músicas em parcerias de peso (Arnaldo Antunes é uma delas), foi muito bem nas críticas e tem sido considerado por muitos uma simbolização da volta do que realmente chamávamos de rock nacional, que geralmente só incluía bandas dos anos 80/90.
E isto não é à toa. O álbum têm grandes influências desta época do rock brasileiro e reúne suas principais características: letras instigantes e melodias contagiantes, fazendo da obra uma que foge daquela "música de corno", muito comum, até no rock, nos dias de hoje.
Dentre as músicas do álbum, destaco "Não Sei O Que Fazer Comigo" (versão de “Ya No Sé O Qué Hacer Conmigo”, da banda uruguaia El Cuarteto de Nos), "Santa Sampa" e "Cobra de Vidro".
A banda costuma fazer shows frequentemente em São Paulo, e o ingresso geralmente não passa de 30 reais. Já aviso que vai rolar um show no Centro Cultural São Paulo, agora no dia 11/10, mas se você não conseguir comparecer ou preferir outra data/local, basta dar uma olhada na programação deles no site: http://vespasmandarinas.com.br/.
Concluindo, o rock nacional não morreu, e basta uma breve pesquisada para comprovar isto. Bandas como Vespas Mandarinas, Vivendo do Ócio e Selvagens á Procura de Lei demonstram perfeitamente, que o que falta, sim, é a valorização de bandas como estas, para que o cenário do rock no Brasil volte a crescer como em décadas passadas.
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