O primeiro ano a gente nunca esquece

OLÁ, PESSOAL!! Vocês já viram a descrição do blog e já sabem do que se trata (eu acho). Eu sou o Higa, e é com muito desgosto prazer que inauguro o TATU DO IMPENSÁVEL. Minhas postagens serão mais voltadas para o lindo universo das histórias em quadrinhos.
E para começar com o pé direito, aqui vai um review de uma das primeiras HQ's que eu li, de um dos meus heróis preferidos, obrigatória para quem se diz fã de quadrinhos: BATMAN ANO UM



O ano era 1986. O Homem-Morcego havia sofrido sua grande revolução com a publicação de O cavaleiro das trevas, revelando-nos um Batman violento e obsessível, de volta da aposentadoria para combater o crime em uma Gotham realista e distópica. Essa HQ, juntamente com Watchmen, de Alan Moore, revolucionou a indústria dos quadrinhos nos anos 80, iniciando uma onda de obras mais adultas, realistas. Na década de 80, os Estados Unidos sofreu uma invasão de roteiristas ingleses, como o já citado Alan Moore (Watchmen, V de Vingança, Monstro do Pântano, Miracleman), Grant Morrison (Homem-Animal, Patrulha do Destino, Novos X-Men, All Star Superman) e Frank Miller. Este último foi o bendito que escreveu O cavaleiro das trevas.
Mas e o Ano Um?  Naquele ano de 1986, a DC Comics resolveu reformular as histórias (isso a DC faz muito bem) de seus principais heróis. Havia acabado de acontecer a Crise das Infinitas Terras, um mega evento que abalou todo o universo da editora, tornando-se um grande marco. Novas versões dos super-heróis deveriam ser feitas. George Pérez reformulou a Mulher Maravilha, John Byrne recontou as origens do Superman, e ficou a cargo de Frank Miller dar um novo início ao mito de Batman. E surgiu Batman Ano Um.

   Foi esse cara!!



Frank Miller no roteiro e David Mazzuchelli nos desenhos (a dupla dinâmica que já havia trabalhado junto na revista do Demolidor, da Marvel. O Mazzuchelli, inclusive, desenhou A queda de Murdock, e lançou em 2009 sua graphic novel Asterios Polyp, que é uma coisa linda). A fórmula do sucesso.
A HQ conta o primeiro ano de Bruce Wayne como o Batman. Após o assassinato dos pais por um bandido, o milionário Bruce viaja pelo mundo para aperfeiçoar corpo e alma, voltando a Gotham City para combater o crime (a origem que ninguém conhece). Na verdade, a história é contada na perspectiva de duas pessoas: Batman e o tenente James Gordon.
É muito legal ver a história de Gordon, um policial honesto em meio a uma instituição totalmente corrupta, acompanhar o primeiro ano do pobre tenente prestes a ser pai em uma cidade que é o Inferno na Terra. 
Batman, primeiramente, é perseguido como um fora-da-lei, mas aos poucos acaba virando um herói, um símbolo de esperança para os habitantes dessa cidade suja, repleta de traficantes, mafiosos e prostitutas. Os destinos do Homem-Morcego e de James Gordon, inevitavelmente,acabam se cruzando.
Momento épico em que Bruce Wayne decide o que quer fazer na vida

Também é interessante notar a podridão de Gotham City, a corrupção da polícia. O clima noir paira por toda a história. Os desenhos e cores lembram muito as primeiras histórias do Batman, a essência daquele combatente do crime.
Mas nem tudo é elogio. Selina Kyle, a Mulher Gato, apesar de ter uma participação interessante, é muito mal desenvolvida. Mas é muito legal o seu retrato como prostituta (possivelmente lésbica). Outro personagem mal desenvolvido é Harvey Dent, o futuro Duas-Caras. Só que esse é um caso à parte, já que será muito bem trabalhado na "continuação" de Ano Um: O longo dia das bruxas.
Ano Um é uma das melhores e mais importantes HQ's do Batman, sendo considerada inclusive uma das melhores de todos os tempos. Influenciou diretamente a última saga do Homem Morcego nas telonas, a trilogia de Christopher Nolan, mais precisamente Batman Begins.Ganhou inclusive uma animação (excelente), que você pode conferir aqui.
A Panini publicou aqui no Brasil em um encadernado de capa dura, custando por volta de 37 reais. Vale cada centavo. E como o foco do nosso blog é a cidade de São Paulo, eu preciso contar: TÁ ESGOTAAADOO!! Mas calma, não se desespere. Procure em livrarias (Saraiva, Livraria Cultura). Dê uma olhada em sebos, como o famoso Sebo do Messias, lá na Sé, para tentar achar a antiga edição da Editora Abril. Fique atento a eventos de quadrinhos, animes e livros. Na última Bienal do Livro, a Panini e a Comix estavam lá. E por falar na Comix, veja se encontra lá, na Alameda Jaú, número 1998, perto do metrô Consolação. Ou então compra pela internet, mesmo. Aqui vai o link da compra pelo site da Saraiva, foi o que eu achei mais barato. Mas está esgotado (hue), então espera aparecer no estoque. Evite ao máximo o Mercado Livre, pois o pessoal abusa!
Enfim, eu daria uma nota 10/10. Vale a pena a leitura!


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